sábado, 3 de março de 2012

MINAS GERAIS OXENTE


           O Norte de Minas Gerais:
     O  Nordeste do Sudeste

     Nós: os Conterrâneos, somos popularmente conhecidos por “nordestinos”, e nos referimos a nós próprios por “nordestinos”, ( ou somos induzidos a nos aceitarmos como tal : PESSOAS GEOGRÁFICAS
    Mas, conforme estabece um dos nossos Axiomas do Conterranismo: ‘nem todo nordestino é conterrâneo, e nem todo conterrâneo é nordestino’.

    Ao contrário dos estados, dos países, e das pessoas, a cultura não obedece fronteiras. Prova disso é a região norte/nordeste do estado de Minas Gerais, e suas características geográficas, físicas, climáticas, culturais, musicais, folclóricas, raciais, sociais, etc, semelhante a toda região nordeste e seus estados.

    Por seus hábitos, seus usos e costumes, por sua cultura e características pessoais, os norte-mineiros são conterrâneos.
    Os Norte-Mineiros são tão ‘CONTERRANEOS’ quanto são CONTERRANEOS, grande parte dos nordestinos, dos paraenses, e nortistas em geral, dos paulistanos, cariocas, brasilienses, ( ou candangos), capixabas,goianos etc,...

    Eis porque, não devemos “nordestinizar” o nosso povo, e muito menos a nossa cultura, que é totalmente nacional, presente em todo o Brasil.

    A nossa cultura conterrânea tem suas origens na região nordeste, mas suas raízes folclóricas, estão firmemente fincadas no sertão, a grande zona ou região do interior do Brasil, que se estende do nordeste de Minas Gerais até o Maranhão.

   Aliás, a CULTURA CONTERRANEA, que tem suas origens no Piauí, parece se estabelecer mais fortemente nas terras da caatinga, o nosso bioma natural (cultural,) pois onde há a caatinga, há o homem conterrâneo, ou a pessoa conterrânea, e há também a nossa cultura.

    É o que acontece na região norte de Minas Gerais.
    Os mesmos elementos culturais, folclóricos, espirituais ou religiosos, físicos, naturais, musicais, artísticos, etc, encontrados no sertão, em sua “porção nordestina”, também são encontrados em sua “porção mineira” a seca, o rio São Francisco, a caatinga, o mandacaru, o xique-xique, a rapadura, o requeijão, a farinha de mandioca, a tapioca, as cachaças, os pratos, os sabores, as festas de São João, o congado, o repente de viola (ou a cantiga de viola), os violeiros repentistas, os sanfoneiros, os rabequeiros, os trios de forró pé-de-serra, os forrozeiros e as forrozeiras, o forró, os tecladistas, os artistas do forró, as bandas de forró, as produtoras, e os produtores forrozeiros, os programas de forró e os radialistas forrozeiros, os conterrâneos, os lavradores, os imigrantes, os vaqueiros, as vaquejadas, as dificuldades sociais, o coronelismo, o abandono das autoridades, o preconceito, a discriminação, a injustiça social, e a infame CONTERRANOFOBIA.

    Há cidades maravilhosas como Montes Claros, Teófilo Otoni, Januária, Jequitinhonha, Salinas, Janaúba, São Francisco, Almenara, Pirapora, Espinosa, Manuque, Divisa Alegre, Coração de Jesus, Brasília de Minas, Porteirinha, Taiobeiras, Araçuaí, Capelinha, Bocaiuva, Novo Cruzeiro, Minas Novas, etc.
    Há também conterrâneos como Teo Azevedo, Saulo Laranjeiras, Marimbondo Chapéu, Zé Côco, Edmilson Batista, Diego Santos, Ceian Muniz, Joel Mineirinho, Zé Artur, Washington Brasileiro, Roberto Trevisan, e outros milhões de norte mineiros, tão conterrâneos quanto os conterrâneos nordestinos, ou de qualquer outro lugar do Brasil.

    Um forte oxente a todos os nosso irmãos e irmãs, do norte de Minas Gerais.
    Do futuro estado de São Francisco, ou Minas do Norte, do qual taremos numa futura edição.
            
           LUCIO-X  , O POETA DO CONTERRANISMO

Nenhum comentário:

Postar um comentário